quarta-feira, 27 de abril de 2011

Possíveis Soluções

Na tentativa de diminuir a quantidade de chuva ácida, que é precipitada na superfície terrestre, e na tentativa de recuperar florestas, rios e lagos que já se encontram danificados, foram implementadas várias medidas. Estas têm como objectivo diminuir as fontes de emissão dos vários poluentes que contribuem para a formação de precipitação ácida.
Deste modo, nos locais mais afectados, da fauna e da flora, pode ser adoptada a medida de espalhar cal (processo que se designa por calagem). Esta medida pretende fazer diminuir o pH assim como diminuir a concentração de metais pesados no solo. Quando este processo é efectuado em ambientes aquáticos, a cal é deitado directamente na água[1]. A única desvantagem deste processo é que o alumínio e outros metais pesados ascendem à superfície da água, tornando essa zona tóxica a seres vivos. Esta é uma medida que se pode utilizar para obter resultados a longo prazo e impede-se que os metais vão para os lagos através do solo[2]. Na literatura, também surgem descrições onde, para inverter o declínio de algumas árvores que se encontram numa situação de deficiência aguda de nutrientes, se pode fertilizar os solos com doses apropriadas de cálcio, potássio, zinco, magnésio e manganésio[3].
Outra das medidas mais usuais, de forma a evitar o transporte de grandes quantidades de poluentes para locais distantes, é a implementação de medidas que proíbem a sua emissão. Este facto pode verificar-se em vários protocolos e comissões, como é o caso do protocolo de Quioto e da Convention on Long-Range Transboundary Air Polluition (LRTAP)[4].
A medida definitiva seria, sem procurar comprometer a qualidade de vida, entrarmos verdadeiramente num processo de desenvolvimento sustentável, valorizando a produção de energia a partir de fontes naturais (energias renováveis, nas quais o nosso país têm imensas potencialidades), assim como estimular uso de transportes colectivos de forma a reduzir o gasto de combustíveis fósseis[5] e penalizar o abuso dos transportes individuais. Todos ganharíamos. Nós, o ambiente e o país que assim poderia equilibrar a sua balança de pagamentos, na qual as importações de combustíveis fósseis têm um peso significativo.


[1]Fonte: http://www.ace.mmu.ac.uk/eae/Acid_Rain/Older/Liming.html, acedido a 21/12/2010 às 15h20min
[2]Fonte: idem
[3]Fonte: HINRICHSEN, D. (1989). Relatório Terra – A Luta Pelo Nosso Ambiente, Círculo de Leitores
[4]Fonte: idem
[5]Fonte: GONÇALVES, Barbara; SANTOS, Bruno; NUNES, Helena, (2010), “Monitorização dos níveis de acidez na precipitação atmosférica verificada em Castelo Branco”, Escola Secundária/e Amato Lusitano

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