As nuvens são aglomerados de partículas microscópicas de água, no estado sólido ou líquido (consoante a temperatura a que se encontra o ar), que, por serem tão pequenas, se encontram em suspensão na atmosfera terrestre. A precipitação, tal como o processo de formação de nuvens, é um fenómeno meteorológico presente no ciclo hidrológico (fig.1). Esta ocorre quando as partículas de água presentes nas nuvens, devido à dinâmica atmosférica interagem umas com as outras, aumentando de tamanho. Este facto torna-as mais pesadas e leva a que, por acção da gravidade, caiam para a Terra[1].
Figura 1: Ciclo da água
Fonte: http://www.aguasdomondego.pt/content/index.php?action=detailfo&rec=1779&t=Area-Juvenil
As nuvens formam-se devido à perda de capacidade do ar de conter vapor de água, ou seja, de conter humidade, essencialmente devido ao arrefecimento do ar[2]. Este arrefecimento dá-se aquando, por exemplo, ocorre a elevação do ar na atmosfera, fazendo com que se expanda, pela diminuição da pressão atmosférica. Assim, o ar perde energia e perde também a capacidade de conter mais vapor de água após ter atingido o ponto de saturação[3]. Este condensa e origina nuvens. Como atrás foi assinalado, as nuvens podem, ou não, desencadear a ocorrência de precipitação.
Quando a condensação do vapor de água da atmosfera ocorre nas camadas baixas da atmosfera terrestre, perto do solo, surge o nevoeiro, o qual resulta, por exemplo, de um intenso arrefecimento do solo[4]. As neblinas são também um tipo de nevoeiro, mas menos densos.
O orvalho, que também é uma forma de precipitação, pode ser descrito como a formação de gotículas de água que se observam de manhã nas plantas e em outras superfícies. Este fenómeno ocorre devido ao arrefecimento do ar durante a noite, pelo que o ar atinge o ponto de saturação, condensando o vapor de água em excesso nas superfícies dos objectos[5]. Se as temperaturas descerem para valores inferiores a 0º Célsius (C), as gotículas de água solidificam e surgem sob a forma de gelo, fenómeno este a que se dá o nome de geada[6].
Aquando da formação das nuvens, o vapor de água pode sublimar lentamente a temperaturas inferiores a 0º C. Nessa altura formam-se pequenos cristais de gelo, que ao caírem para a superfície da Terra, se juntam e formam flocos de neve[7]. Se por algum motivo, como, por exemplo, vento, as gotas de água forem arrastadas para zonas mais altas, estas solidificam. Aumentam de tamanho formando “bolas” de gelo que, ao se precipitarem recebem a designação de granizo[8]. Se estas forem superiores a 5 cm de diâmetro a sua denominação é de saraiva[9].
[1]Fonte: STRAHLER, Arthur N., (1986) “Geografia Física”, Ediciones Omega, S. A., Barcelona, p.204
[2]Fonte: http://www.cepen.com.br/chuvas.html, acedido a 22/03/2011 às 18h00
[3]Fonte: STRAHLER, Arthur N., (1986) “Geografia Física”, Ediciones Omega, S. A., Barcelona, p.197
[4]Fonte: http://esec-odivelas.rcts.pt/Clube%20%de%20Meteorologia/ALTERA_CLIMA2.html, acedido a 08/01/2011 às 17h16min
[5]Fonte: idem
[6]Fonte: ib idem
[7]Fonte: STRAHLER, Arthur N., (1986) “Geografia Física”, Ediciones Omega, S. A., Barcelona, p.204
[8]Fonte: http://esec-odivelas.rcts.pt/Clube%20%de%20Meteorologia/ALTERA_CLIMA2.html, acedido a 08/01/2011 às 17h16min
[9]Fonte: http://www.fpcolumbofilia.pt/meteo/main065.htm, acedido a 04/04/2011 às 14h31min
Sem comentários:
Enviar um comentário